Sobre a Coisa
dentro de mim, eu acho
se não dentro de mim, em mim
mas minha, essa Coisa.
pois então, como Coisa, e não como nome, me assombra o sono e nega a idéia de que vale a pena.
(mistérios precisam aceitar a ausência de respostas, e a Coisa não assenta nesse papel)
muitos rostos foram delegados, um punhado de explicações, vc e vc, mas nada aderiu à superfície d'Ela, escorrendo, sempre, para essas calhas que me coletam, negras.
insidiosa, a Coisa seria parda, se eminência, tanto que agora não sei mais onde Ela começa e onde termino de me entender.
mas um dia,
desnuda a Coisa e aveludada Suas quinas,
encontro o nome disso tudo que me escapa,
me cego de vez com a verdade,
me retiro das paredes, muradas e ameias,
a vigilância abandonada,
para poder, enfim, nada ver.
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