Sobre o Caminho
do formato do crânio
e do jeito que o cabelo enquadra as orelhas
dos dentes como o de minhas sobrinhas
e das maçãs do rosto, de futuro tão óbvio quanto um espelho
de tudo mais que só imagino, me dói a semelhança do que sei, semelhança herdada, herança maldita
que dói tanto, que vaza pralém do poço em que foi enterrada, que contamina córregos e envenena rebanhos, mata flora e fauna, que me relega desertos cheios de som e fúria e nada mais.
e esse é o caminho, não procuro mais desvios, não procuro mais saídas.
esse é o caminho, e os anos vão dizer o peso e o custo de cada passo.
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